Abraão amava a Deus acima de todas as coisas. Desde jovem, ele havia deixado sua terra natal para seguir o Senhor, confiando apenas em Suas promessas.
Deus havia prometido a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, com descendentes tão numerosos quanto as estrelas do céu. Mas Abraão e sua esposa Sara já eram muito idosos, e não tinham filhos.
Ainda assim, Abraão creu na promessa de Deus. E quando ele tinha cem anos de idade, e Sara noventa, nasceu Isaac, o filho da promessa. Que alegria encheu o coração de Abraão e Sara! Isaac era tudo para eles - a prova do amor de Deus e o cumprimento de Sua promessa.
Isaac cresceu e se tornou um jovem. Abraão o amava profundamente. Cada dia com seu filho era uma bênção, um lembrete do poder e da fidelidade de Deus.
Mas então, algo inesperado aconteceu. Deus decidiu provar a fé de Abraão da maneira mais difícil imaginável.
Deus chamou: "Abraão!"
Abraão respondeu: "Eis-me aqui."
E Deus disse:
Podemos imaginar o que Abraão sentiu naquele momento? Seu coração deve ter parecido parar. Isaac era seu filho amado, o filho que esperara durante tanto tempo, o filho através do qual Deus havia prometido abençoar todas as nações.
Como poderia Deus pedir tal coisa? Como poderiam as promessas de Deus se cumprir se Isaac morresse?
Mas Abraão havia aprendido a confiar em Deus completamente. Ele sabia que Deus era bom, mesmo quando não entendia Seus caminhos. Abraão acreditava que, se fosse necessário, Deus poderia até ressuscitar Isaac dos mortos para cumprir Suas promessas.
Abraão levantou-se de madrugada, preparou seu jumento, cortou lenha para o holocausto, e partiu com Isaac e dois de seus servos para o lugar que Deus lhe havia indicado.
Durante três dias eles caminharam. Três dias em que Abraão olhava para seu filho, sabendo o que Deus havia pedido. Três dias de angústia e oração silenciosa. Três dias confiando que, de alguma forma, Deus seria fiel.
No terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu de longe o lugar. Disse aos seus servos: "Ficai aqui com o jumento. Eu e o menino iremos até lá para adorar, e depois voltaremos a vós."
Abraão tomou a lenha do holocausto e a pôs sobre Isaac, seu filho. Ele mesmo levava o fogo e o cutelo. E caminharam ambos juntos, pai e filho, subindo o monte.
Enquanto subiam, Isaac disse a seu pai: "Meu pai!"
Abraão respondeu: "Que há, meu filho?"
Isaac perguntou: "Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o holocausto?"
Que pergunta difícil! Abraão respondeu com fé: "Deus proverá a vítima para o holocausto, meu filho."
E continuaram a caminhar juntos.
Quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão edificou ali um altar. Arrumou a lenha, amarrou Isaac, seu filho, e colocou-o sobre o altar, em cima da lenha.
Então Abraão estendeu a mão e tomou o cutelo para imolar seu filho.
Naquele momento, quando Abraão ergueu o cutelo, sua mão tremia, mas sua fé era firme. Ele confiava que Deus era bom, mesmo que não entendesse o que estava acontecendo.
Mas eis que o Anjo do Senhor o chamou do céu e disse:
Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num espinheiro. Abraão foi buscar o carneiro e ofereceu-o em holocausto em lugar de seu filho.
Que alívio! Que alegria! Que gratidão encheu o coração de Abraão! Deus havia provido, exatamente como Abraão havia dito a Isaac. Deus nunca teve a intenção de que Isaac morresse - Ele estava provando a fé de Abraão, e agora proveu o sacrifício.
Abraão chamou aquele lugar de "O Senhor Proverá". E até hoje se diz: "No monte do Senhor se proverá."
O Anjo do Senhor chamou Abraão pela segunda vez do céu, e disse:
Abraão voltou para junto de seus servos, e juntos regressaram a Bersabeia. Abraão e Isaac caminhavam lado a lado, seus corações cheios de gratidão e admiração pela bondade de Deus.
Isaac havia aprendido sobre a fé de seu pai e sobre a fidelidade de Deus. Abraão havia provado que amava a Deus acima de tudo, até mesmo acima do filho que tanto amava. E Deus havia mostrado que Ele sempre provê e sempre cumpre Suas promessas.
Esta história nos ensina que confiar em Deus, mesmo quando não entendemos Seus caminhos, sempre vale a pena. Deus nunca nos abandona, e Suas promessas são sempre fiéis.
Reflexão



