Um dia, um doutor da lei veio testar Jesus. Ele perguntou: "Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?"
Jesus respondeu com uma pergunta: "Que está escrito na Lei? Como lês?"
O doutor da lei respondeu:
Jesus disse: "Respondeste bem! Faze isto, e viverás!"
Mas o homem, querendo se justificar, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?"
Foi então que Jesus contou esta história:
Que situação terrível! O pobre homem havia sido assaltado, espancado e largado na estrada, quase morto. Ele precisava de ajuda urgentemente!
A estrada de Jerusalém para Jericó era conhecida por ser perigosa. Era um caminho deserto, cheio de curvas, que descia pelas montanhas. Ladrões costumavam se esconder ali para atacar os viajantes.
E agora este homem estava ali, sozinho, ferido, sangrando, sem poder se mover. Será que alguém o ajudaria?
Um sacerdote! Alguém que servia a Deus no Templo! Certamente ele ajudaria, não é?
Mas não. O sacerdote viu o homem ferido... e passou do outro lado da estrada. Fingiu que não viu e continuou seu caminho.
Por que ele não parou? Talvez tivesse medo de ser atacado também. Talvez estivesse com pressa. Talvez pensasse que ajudar o faria ficar impuro segundo a lei judaica. Ou talvez simplesmente não quisesse se envolver.
De qualquer forma, ele viu alguém que precisava desesperadamente de ajuda... e não fez nada.
Depois veio um levita - outra pessoa religiosa que trabalhava no Templo!
O levita também viu o homem ferido. Talvez até tenha se aproximado um pouco para olhar. Mas depois... também passou adiante. Também não ajudou.
Duas pessoas religiosas, duas pessoas que conheciam bem a Lei de Deus sobre amar o próximo, e nenhuma delas parou para ajudar!
O pobre homem continuava ali, sofrendo, esperando que alguém tivesse compaixão dele.
Agora vem a grande surpresa da história!
Um samaritano! Os judeus e os samaritanos eram inimigos. Eles se odiavam. Não falavam uns com os outros. Um judeu nunca esperaria ajuda de um samaritano!
Mas este samaritano era diferente. Quando viu o homem ferido, seu coração se encheu de compaixão.
Ele não perguntou: "Esse homem é judeu? É meu inimigo?" Ele viu apenas um ser humano sofrendo que precisava de ajuda.
E o que o samaritano fez? Ele AGIU!
O samaritano não apenas cuidou das feridas do homem. Ele colocou o homem em sua própria montaria (provavelmente um jumento), enquanto ele mesmo andava a pé. Levou-o a uma hospedaria e continuou cuidando dele.
E no dia seguinte:
Dois denários eram o equivalente a dois dias de salário de um trabalhador! O samaritano deu seu próprio dinheiro e prometeu pagar ainda mais se fosse necessário.
Ele não disse: "Já fiz minha parte." Ele se certificou de que o homem continuaria sendo bem cuidado.
Depois de contar esta história, Jesus perguntou ao doutor da lei:
A resposta era óbvia! O doutor da lei respondeu: "Aquele que usou de misericórdia para com ele."
Jesus então disse:
O que esta parábola nos ensina?
Primeiro, nos ensina quem é nosso próximo. O doutor da lei perguntou "Quem é o meu próximo?" esperando uma definição - talvez "seu próximo é quem é do seu povo" ou "seu próximo é quem é da sua religião".
Mas Jesus virou a pergunta ao contrário. Não é "Quem é meu próximo?" mas "De quem sou eu próximo?" Não é sobre quem merece nossa ajuda, mas sobre a quem escolhemos ajudar.
Nosso próximo é qualquer pessoa que precisa de nossa ajuda - não importa quem seja!
Segundo, nos ensina que amor verdadeiro é ação, não apenas palavras ou sentimentos. O sacerdote e o levita provavelmente conheciam bem o mandamento "Amarás o teu próximo". Mas conhecimento sem ação não serve de nada.
O samaritano não apenas sentiu compaixão - ele agiu! Ele parou, ele cuidou, ele pagou. Amor verdadeiro age!
Terceiro, nos ensina que amar o próximo tem um custo. O samaritano gastou tempo (parou sua viagem), esforço (cuidou das feridas), conforto (deu sua própria montaria) e dinheiro (pagou pela hospedaria). Amar de verdade requer sacrifício.
Quarto, nos ensina a não fazer acepção de pessoas. O samaritano ajudou alguém que normalmente seria considerado seu inimigo. Jesus nos chama a amar até mesmo aqueles que são diferentes de nós ou que não gostam de nós.
Reflexão



