A Parábola do Bom Samaritano
Bíblia

A Parábola do Bom Samaritano

por Bíblia Sagrada

Jesus conta a história de um homem que foi assaltado na estrada. Quem será que vai ajudá-lo? Uma lição sobre amar o próximo e ter compaixão de todos.

Idades 7-9
12 min de leitura
3 de novembro de 2025

Um dia, um doutor da lei veio testar Jesus. Ele perguntou: "Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?"

Jesus respondeu com uma pergunta: "Que está escrito na Lei? Como lês?"

O doutor da lei respondeu:

Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo.

Jesus disse: "Respondeste bem! Faze isto, e viverás!"

Mas o homem, querendo se justificar, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?"

Foi então que Jesus contou esta história:

Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de ladrões. Estes o despojaram, cobriram-no de feridas e foram-se, deixando-o meio morto.

Que situação terrível! O pobre homem havia sido assaltado, espancado e largado na estrada, quase morto. Ele precisava de ajuda urgentemente!

A estrada de Jerusalém para Jericó era conhecida por ser perigosa. Era um caminho deserto, cheio de curvas, que descia pelas montanhas. Ladrões costumavam se esconder ali para atacar os viajantes.

E agora este homem estava ali, sozinho, ferido, sangrando, sem poder se mover. Será que alguém o ajudaria?

Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote. Viu o homem e passou adiante.

Um sacerdote! Alguém que servia a Deus no Templo! Certamente ele ajudaria, não é?

Mas não. O sacerdote viu o homem ferido... e passou do outro lado da estrada. Fingiu que não viu e continuou seu caminho.

Por que ele não parou? Talvez tivesse medo de ser atacado também. Talvez estivesse com pressa. Talvez pensasse que ajudar o faria ficar impuro segundo a lei judaica. Ou talvez simplesmente não quisesse se envolver.

De qualquer forma, ele viu alguém que precisava desesperadamente de ajuda... e não fez nada.

Do mesmo modo, um levita, chegando àquele lugar, viu o homem e passou adiante.

Depois veio um levita - outra pessoa religiosa que trabalhava no Templo!

O levita também viu o homem ferido. Talvez até tenha se aproximado um pouco para olhar. Mas depois... também passou adiante. Também não ajudou.

Duas pessoas religiosas, duas pessoas que conheciam bem a Lei de Deus sobre amar o próximo, e nenhuma delas parou para ajudar!

O pobre homem continuava ali, sofrendo, esperando que alguém tivesse compaixão dele.

Mas um samaritano que ia de viagem chegou perto dele e, vendo-o, moveu-se de compaixão.

Agora vem a grande surpresa da história!

Um samaritano! Os judeus e os samaritanos eram inimigos. Eles se odiavam. Não falavam uns com os outros. Um judeu nunca esperaria ajuda de um samaritano!

Mas este samaritano era diferente. Quando viu o homem ferido, seu coração se encheu de compaixão.

Ele não perguntou: "Esse homem é judeu? É meu inimigo?" Ele viu apenas um ser humano sofrendo que precisava de ajuda.

E o que o samaritano fez? Ele AGIU!

Aproximou-se dele, cuidou de suas feridas, deitando nelas azeite e vinho, e, colocando-o sobre a sua própria montaria, levou-o a uma hospedaria e dispensou-lhe cuidados.

O samaritano não apenas cuidou das feridas do homem. Ele colocou o homem em sua própria montaria (provavelmente um jumento), enquanto ele mesmo andava a pé. Levou-o a uma hospedaria e continuou cuidando dele.

E no dia seguinte:

No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo: "Cuida dele, e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar."

Dois denários eram o equivalente a dois dias de salário de um trabalhador! O samaritano deu seu próprio dinheiro e prometeu pagar ainda mais se fosse necessário.

Ele não disse: "Já fiz minha parte." Ele se certificou de que o homem continuaria sendo bem cuidado.

Depois de contar esta história, Jesus perguntou ao doutor da lei:

Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?

A resposta era óbvia! O doutor da lei respondeu: "Aquele que usou de misericórdia para com ele."

Jesus então disse:

Vai, e faze tu também o mesmo.

O que esta parábola nos ensina?

Primeiro, nos ensina quem é nosso próximo. O doutor da lei perguntou "Quem é o meu próximo?" esperando uma definição - talvez "seu próximo é quem é do seu povo" ou "seu próximo é quem é da sua religião".

Mas Jesus virou a pergunta ao contrário. Não é "Quem é meu próximo?" mas "De quem sou eu próximo?" Não é sobre quem merece nossa ajuda, mas sobre a quem escolhemos ajudar.

Nosso próximo é qualquer pessoa que precisa de nossa ajuda - não importa quem seja!

Segundo, nos ensina que amor verdadeiro é ação, não apenas palavras ou sentimentos. O sacerdote e o levita provavelmente conheciam bem o mandamento "Amarás o teu próximo". Mas conhecimento sem ação não serve de nada.

O samaritano não apenas sentiu compaixão - ele agiu! Ele parou, ele cuidou, ele pagou. Amor verdadeiro age!

Terceiro, nos ensina que amar o próximo tem um custo. O samaritano gastou tempo (parou sua viagem), esforço (cuidou das feridas), conforto (deu sua própria montaria) e dinheiro (pagou pela hospedaria). Amar de verdade requer sacrifício.

Quarto, nos ensina a não fazer acepção de pessoas. O samaritano ajudou alguém que normalmente seria considerado seu inimigo. Jesus nos chama a amar até mesmo aqueles que são diferentes de nós ou que não gostam de nós.

❤️ ✝️ ❤️

Reflexão

Ser próximo não é sobre quem merece nossa ajuda, mas sobre escolher ajudar quem precisa. Amor verdadeiro age com compaixão, não importa quem seja a pessoa.

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