Cinco pragas já haviam caído sobre o Egito, mas o coração do faraó continuava endurecido. Ele se recusava a deixar o povo de Israel partir. Agora viriam as últimas cinco pragas, cada uma mais severa que a anterior.
A SEXTA PRAGA: AS ÚLCERAS
O Senhor disse a Moisés e Arão: "Tomai punhados de cinza de forno, e Moisés a lançará ao ar, à vista do faraó. Ela se tornará pó fino sobre toda a terra do Egito e se transformará em úlceras com tumores sobre os homens e sobre os animais, em toda a terra do Egito."
Eles tomaram cinza de forno e se apresentaram ao faraó. Moisés a lançou ao ar, e ela se tornou em úlceras com tumores sobre os homens e sobre os animais.
As úlceras eram tão dolorosas que até os magos não podiam estar diante de Moisés por causa delas. Seus próprios corpos estavam cobertos de feridas. Eles não tinham poder para se curar, muito menos para curar outros.
Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e ele não os ouviu, como o Senhor havia dito a Moisés.
A SÉTIMA PRAGA: A SARAIVA
O Senhor disse a Moisés: "Levanta-te pela manhã, apresenta-te ao faraó e dize-lhe: 'Assim diz o Senhor, Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo. Desta vez enviarei todas as minhas pragas sobre ti, sobre teus servos e sobre teu povo, para que saibas que não há ninguém como eu em toda a terra. Eis que amanhã, por volta desta hora, farei cair uma saraiva tão violenta como nunca houve no Egito.'"
Moisés estendeu sua vara em direção ao céu, e o Senhor enviou trovões e saraiva. O fogo descia à terra. O Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito.
A tempestade foi terrível! Pedras de gelo enormes caíam do céu, misturadas com raios e trovões. A saraiva feriu tudo o que estava no campo - homens, animais e plantas. Quebrou todas as árvores do campo. O trigo e a cevada foram destruídos.
Mas na terra de Gessen, onde habitavam os filhos de Israel, não caiu saraiva. Deus continuava protegendo Seu povo.
O faraó chamou Moisés e Arão e disse: "Pequei desta vez. O Senhor é justo, e eu e meu povo somos culpados. Rogai ao Senhor que cessem os trovões e a saraiva, e vos deixarei partir."
Moisés saiu da cidade e estendeu as mãos ao Senhor. Os trovões e a saraiva cessaram.
Mas quando o faraó viu que a chuva, a saraiva e os trovões tinham cessado, voltou a pecar e endureceu seu coração, ele e seus servos.
A OITAVA PRAGA: OS GAFANHOTOS
O Senhor disse a Moisés: "Estende tua mão sobre a terra do Egito para que venham gafanhotos. Eles cobrirão a superfície da terra de modo que não se possa ver a terra. Comerão o restante do que escapou, o que vos deixou a saraiva."
Moisés estendeu sua vara sobre a terra do Egito, e o Senhor fez soprar um vento oriental sobre a terra todo aquele dia e toda aquela noite. Pela manhã, o vento oriental tinha trazido os gafanhotos.
Os gafanhotos subiram sobre toda a terra do Egito. Era uma nuvem tão densa de gafanhotos que escurecia o céu! Nunca tinha havido nem jamais haverá tantos gafanhotos.
Eles cobriram toda a superfície da terra, de modo que a terra ficou escura. Comeram toda a vegetação da terra e todos os frutos das árvores que a saraiva tinha deixado. Não ficou nada verde nas árvores nem nas plantas do campo em toda a terra do Egito.
Os servos do faraó lhe disseram: "Até quando este homem será para nós uma armadilha? Deixa partir os homens! Ainda não percebeste que o Egito está arruinado?"
O faraó chamou às pressas Moisés e Arão e disse: "Pequei contra o Senhor, vosso Deus, e contra vós. Perdoai, pois, meu pecado ainda esta vez e rogai ao Senhor que afaste de mim ao menos esta morte."
Moisés orou, e o Senhor fez soprar um vento muito forte do ocidente que levou os gafanhotos e os lançou no Mar Vermelho. Não ficou um só gafanhoto em todo o território do Egito.
Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e ele não deixou partir os filhos de Israel.
A NONA PRAGA: AS TREVAS
O Senhor disse a Moisés: "Estende tua mão em direção ao céu, e haja trevas sobre a terra do Egito, trevas que se possam apalpar."
Moisés estendeu a mão em direção ao céu, e houve densas trevas em toda a terra do Egito durante três dias.
Não eram trevas comuns da noite. Era uma escuridão tão densa que podia ser sentida, tão espessa que parecia sólida. As pessoas não podiam ver umas às outras. Ninguém se levantou de seu lugar durante três dias.
Era como se a própria luz tivesse sido apagada. Tochas não iluminavam. Fogueiras não podiam dispersar aquela escuridão sobrenatural. O Egito estava mergulhado em trevas absolutas.
Mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações. Enquanto o Egito estava nas trevas, em Gessen havia luz! A diferença entre o povo de Deus e os egípcios não poderia ser mais clara.
O faraó chamou Moisés e disse: "Ide, servi ao Senhor. Só vossas ovelhas e vosso gado fiquem."
Mas Moisés respondeu: "Nossos rebanhos irão conosco. Nem uma unha ficará."
O faraó se enfureceu: "Retira-te! Guarda-te de ver novamente a minha face, porque no dia em que vires a minha face, morrerás!"
Moisés respondeu: "Disseste bem. Não verei mais a tua face."
A DÉCIMA PRAGA: A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS
O Senhor disse a Moisés: "Ainda farei vir uma praga sobre o faraó e sobre o Egito. Depois disso, ele vos deixará partir daqui. Por volta da meia-noite passarei pelo meio do Egito, e todo primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito do faraó que se assenta em seu trono, até o primogênito da serva que está por detrás do moinho, e todo primogênito dos animais."
Moisés disse ao faraó: "Assim diz o Senhor: Por volta da meia-noite passarei pelo meio do Egito, e haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve nem jamais haverá. Mas contra os filhos de Israel, nem mesmo um cão moverá a sua língua, para que saibais que o Senhor faz distinção entre o Egito e Israel."
Mas antes desta última praga, Deus deu instruções especiais ao Seu povo. Cada família deveria sacrificar um cordeiro e passar o sangue nos umbrais e nas vergas das portas de suas casas. Quando o Senhor passasse e visse o sangue, passaria por cima daquela casa, e o primogênito estaria protegido.
À meia-noite, o Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do faraó que se assentava em seu trono até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
O faraó se levantou de noite, ele, todos os seus servos e todos os egípcios. E houve grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
Era uma cena de tristeza indescritível. Por todo o Egito, famílias choravam seus primogênitos. Do palácio do faraó às casas mais simples, todos sofriam. O orgulho do Egito foi quebrado naquela noite terrível.
O faraó chamou Moisés e Arão de noite e disse: "Levantai-vos, saí do meio de meu povo, tanto vós como os filhos de Israel! Ide, servi ao Senhor como dissestes! Tomai também vossas ovelhas e vosso gado, como dissestes, e parti! E abençoai-me também!"
Os egípcios insistiam com o povo para que saísse depressa da terra, pois diziam: "Todos morreremos!"
Depois de quatrocentos e trinta anos, depois de dez pragas terríveis, finalmente o faraó deixou o povo de Israel partir. O Deus de Israel havia mostrado Seu poder. Ele era mais forte que o faraó, mais forte que todos os deuses do Egito, mais forte que qualquer poder na terra.
As pragas não foram crueldade de Deus, mas justiça. O Egito havia escravizado o povo de Deus, matado seus bebês, os oprimido cruelmente por gerações. Deus deu ao faraó muitas oportunidades de se arrepender, mas ele recusou todas.
E agora, finalmente, o povo de Deus estava livre.
Reflexão



