José do Egito - Parte 1: Os Sonhos
Bíblia

José do Egito - Parte 1: Os Sonhos

por Bíblia Sagrada

José era o filho favorito de seu pai Jacó, mas seus irmãos o invejavam. Quando José contou seus sonhos proféticos, a inveja se transformou em ódio, levando a uma terrível traição.

Idades 7-9
15 min de leitura
3 de novembro de 2025

Conteúdo Sensível

Esta história contém traição familiar e violência entre irmãos. Recomendado discutir com as crianças sobre inveja e perdão.

Jacó tinha doze filhos, mas José era o seu favorito. José tinha nascido quando Jacó já era idoso, filho de Raquel, a esposa que ele mais amava. Por isso, Jacó amava José mais do que a todos os seus outros filhos.

Para mostrar seu amor especial, Jacó mandou fazer para José uma túnica longa e de mangas compridas, com muitas cores. Era uma túnica linda, diferente de tudo que os outros filhos tinham. Era uma túnica de príncipe, não de pastor.

Quando os irmãos de José viram aquela túnica especial, ficaram com inveja. Eles trabalhavam duro nos campos, cuidando das ovelhas, enquanto José recebia presentes do pai. A inveja foi crescendo em seus corações como uma erva daninha.

Os irmãos de José começaram a odiá-lo tanto que não conseguiam mais falar com ele em paz. Cada vez que viam aquela túnica colorida, sentiam raiva e inveja.

Mas então algo aconteceu que piorou ainda mais a situação. José começou a ter sonhos - sonhos muito especiais que Deus estava lhe mostrando sobre o futuro.

Um dia, José contou aos seus irmãos: "Ouvi o sonho que tive: Estávamos no campo, atando feixes de trigo. De repente, o meu feixe se levantou e ficou de pé, e os vossos feixes o rodearam e se prostraram diante do meu."

Os irmãos ficaram furiosos. "Queres, porventura, reinar sobre nós?" disseram com raiva. "Queres ser nosso senhor?" E odiaram-no ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras.

Mas José teve outro sonho, e o contou também aos seus irmãos: "Tive ainda outro sonho: o sol, a lua e onze estrelas se prostravam diante de mim."

Quando contou isso ao seu pai e aos irmãos, até Jacó o repreendeu: "Que sonho é esse que tiveste? Teríamos, porventura, eu, tua mãe e teus irmãos, de vir prostrar-nos em terra diante de ti?"

Seus irmãos tinham inveja dele. Mas seu pai guardava todas essas palavras no coração, pensando no que poderiam significar.

O sol, a lua e onze estrelas se prostravam diante de mim.

Um dia, os irmãos de José foram apascentar as ovelhas de seu pai perto de Siquém. Jacó disse a José: "Teus irmãos apascentam as ovelhas perto de Siquém. Vai visitá-los e vê como estão passando."

José obedeceu ao pai. Vestiu sua túnica colorida e foi procurar seus irmãos. Ele caminhou por muito tempo até encontrá-los em Dotã.

Quando os irmãos viram José ao longe, antes mesmo que ele chegasse perto deles, começaram a tramar para matá-lo.

Disseram uns aos outros: "Aí vem o sonhador! Vamos matá-lo e lançá-lo numa das cisternas. Diremos que uma fera o devorou. Veremos então o que será de seus sonhos!"

Mas Rúben, o irmão mais velho, ouviu isso e tentou salvá-lo. "Não tiremos a vida dele," disse Rúben. "Não derrameis sangue! Lançai-o nesta cisterna que está no deserto, mas não ponhais a mão sobre ele."

Rúben queria salvá-lo da mão deles para devolvê-lo ao pai. Ele pensava em tirar José da cisterna mais tarde, quando os outros não estivessem olhando.

Quando José chegou perto de seus irmãos, eles o agarraram. Arrancaram dele a túnica de mangas compridas que vestia - aquela linda túnica colorida que tanto invejavam.

Depois tomaram-no e lançaram-no numa cisterna. A cisterna estava vazia, não havia água nela. José caiu no fundo escuro do poço, gritando por ajuda, mas seus irmãos não se importaram.

Depois de jogarem José na cisterna, os irmãos sentaram-se para comer, como se nada tivesse acontecido. Seus corações estavam tão duros pela inveja que não sentiam pena do irmão sofrendo no fundo do poço.

Enquanto comiam, levantaram os olhos e viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Galaad. Seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e mirra, que levavam para o Egito.

Judá disse aos seus irmãos: "Que ganharemos em matar nosso irmão e esconder seu sangue? Vinde! Vendamo-lo aos ismaelitas, mas não ponhamos a mão sobre ele, porque é nosso irmão, nossa carne."

Seus irmãos concordaram. Quando os mercadores midianitas passaram, tiraram José da cisterna. Venderam José aos ismaelitas por vinte siclos de prata. E os ismaelitas levaram José para o Egito.

Quando Rúben voltou à cisterna para tirar José de lá, descobriu que ele não estava mais lá. Rasgou suas vestes de aflição. Voltou aos seus irmãos e disse: "O menino não está lá! E eu, para onde irei?"

Mas os outros irmãos já tinham feito seu terrível plano. Tomaram a túnica de José, mataram um cabrito e molharam a túnica no sangue. Depois enviaram a túnica de mangas compridas ao pai com esta mensagem: "Encontramos isto. Vê se é a túnica de teu filho ou não."

Jacó reconheceu a túnica e exclamou: "É a túnica de meu filho! Uma fera o devorou! José foi despedaçado!"

Jacó rasgou suas vestes, vestiu-se de saco e chorou seu filho durante muitos dias. Todos os seus filhos e filhas vieram consolá-lo, mas ele recusou ser consolado, dizendo: "Chorando descerei ao meu filho à região dos mortos."

E assim o pai de José chorava por ele. Os irmãos tinham que viver com a mentira que haviam criado, vendo o sofrimento de seu pai todos os dias.

Enquanto isso, José estava sendo levado para o Egito, amarrado junto com outros escravos. Ele estava sozinho, assustado, longe de casa. Tudo o que conhecia - seu pai, sua casa, sua terra - estava ficando para trás.

Mas José não sabia que Deus tinha um plano. Os sonhos que ele havia tido não eram apenas sonhos - eram promessas de Deus sobre o futuro. E Deus estava com José, mesmo naquele momento tão difícil.

A túnica colorida havia sido tirada de José. Ele agora era um escravo. Mas Deus não o havia abandonado. A jornada de José estava apenas começando.

No Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e chefe da guarda. José se tornou escravo na casa de um homem poderoso, em uma terra estranha, falando uma língua que mal conhecia.

Mas esta não seria o fim da história de José. Era apenas o começo de algo muito maior do que ele poderia imaginar. Os sonhos de Deus para José ainda se cumpririam, de maneiras que ninguém esperava.

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Reflexão

A inveja pode transformar o coração e levar a ações terríveis. Mas mesmo quando somos tratados injustamente, Deus não nos abandona e tem um plano para nossas vidas.

Temas desta história

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