José do Egito - Parte 2: O Escravo
Bíblia

José do Egito - Parte 2: O Escravo

por Bíblia Sagrada

No Egito, José se torna escravo na casa de Potifar. Mesmo longe de casa e injustamente tratado, Deus estava com ele, dando-lhe sabedoria e prosperidade.

Idades 7-9
15 min de leitura
3 de novembro de 2025

Temas Maduros

Esta história contém temas de sedução e acusação falsa. Recomendado para discussão sobre integridade e fazer o que é certo mesmo quando é difícil.

José chegou ao Egito como escravo. Longe de casa, longe de seu pai, sem sua túnica colorida. Tudo o que ele conhecia havia ficado para trás. Mas havia algo que seus irmãos não puderam tirar dele: Deus estava com José.

Os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e chefe da guarda real. Potifar era um homem poderoso e rico no Egito. José se tornou escravo em sua grande casa.

No começo, José era apenas mais um escravo entre muitos. Mas logo Potifar começou a perceber que havia algo diferente naquele jovem hebreu. Tudo o que José fazia prosperava. Era como se a bênção de Deus estivesse sobre ele.

O Senhor estava com José, e tudo o que ele fazia, o Senhor fazia prosperar em suas mãos.

Potifar viu que o Senhor estava com José e que fazia prosperar em suas mãos tudo o que ele empreendia. José achou graça aos olhos de Potifar e tornou-se seu servo de confiança. Potifar o constituiu mordomo de sua casa e confiou-lhe tudo o que possuía.

A partir do momento em que o pôs à frente de sua casa e de todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que ele possuía, tanto em casa como no campo.

Potifar confiou tudo a José. Não se preocupava com nada, exceto com a comida que comia. José era responsável por tudo - pelos servos, pelos campos, pelo gado, pelas finanças. E tudo prosperava sob seu cuidado.

José era belo de porte e de semblante. Com o tempo, a mulher de Potifar pôs os olhos nele e lhe disse: "Deita-te comigo."

Mas José recusou e disse à mulher de seu senhor: "Meu senhor não se preocupa comigo com nada do que há em casa. Ele confiou a mim tudo o que possui. Ninguém é maior do que eu nesta casa, e nada me foi proibido, senão a ti, porque és sua mulher. Como, pois, poderia eu cometer tamanha maldade e pecar contra Deus?"

José sabia que aquilo seria errado de três maneiras: seria trair a confiança de seu senhor, seria quebrar o matrimônio dela, e mais importante ainda, seria pecar contra Deus. Mesmo sendo escravo, José escolheu fazer o que era certo.

Dia após dia, ela insistia com José. Mas ele não a ouvia, recusando deitar-se ao lado dela e estar com ela. José até evitava ficar sozinho na casa quando ela estava lá.

Um dia, José entrou na casa para fazer seu trabalho, e não havia nenhum dos empregados em casa. Ela o agarrou pela túnica, dizendo: "Deita-te comigo!"

José deixou a túnica nas mãos dela e fugiu para fora. Era melhor perder a túnica do que pecar contra Deus. Pela segunda vez em sua vida, José perdeu uma túnica por fazer o que era certo.

Quando ela viu que José havia fugido, deixando a túnica em suas mãos, ficou furiosa. Uma mulher orgulhosa e poderosa não estava acostumada a ser rejeitada. Sua paixão se transformou em ódio.

Ela chamou os empregados da casa e lhes disse: "Vede! Trouxeram-nos um hebreu para zombar de nós. Entrou até mim para deitar-se comigo, mas gritei em alta voz. Ouvindo-me gritar, deixou sua túnica ao meu lado e fugiu para fora."

Ela guardou a túnica de José até que seu marido voltasse. Quando Potifar chegou, ela lhe contou a mesma história mentirosa: "O escravo hebreu que nos trouxeste veio até mim para zombar de mim. Mas quando gritei, ele deixou a túnica ao meu lado e fugiu."

Potifar ficou furioso ao ouvir as palavras de sua mulher. Ele acreditou nela em vez de acreditar em José.

O senhor de José mandou prendê-lo e o lançou no cárcere onde estavam presos os prisioneiros do rei. E José ficou ali, no cárcere.

Novamente José havia perdido tudo. Primeiro, seus irmãos o venderam como escravo. Agora, por fazer o que era certo, estava na prisão. Seria fácil ficar amargo, questionar a Deus, desistir de fazer o bem.

Mas José não desistiu. Mesmo na prisão, José continuou confiando em Deus. E Deus não o abandonou.

O Senhor estava com José na prisão e lhe mostrou benevolência. O chefe do cárcere lhe concedeu seu favor. Ele confiou a José todos os prisioneiros que havia no cárcere, e tudo o que ali se fazia era sob sua direção.

O Senhor estava com José e fazia prosperar tudo o que ele empreendia.

Algum tempo depois, o copeiro-mor e o padeiro-mor do rei do Egito ofenderam seu senhor, o rei do Egito. O faraó indignou-se contra estes dois oficiais, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros, e mandou prendê-los na casa do chefe da guarda, no mesmo cárcere onde José estava preso.

O chefe da guarda confiou-os a José, que os servia. Eles ficaram algum tempo na prisão.

Uma noite, tanto o copeiro como o padeiro do rei do Egito, que estavam presos no cárcere, tiveram um sonho, cada um com sua própria interpretação.

Quando José veio até eles pela manhã e os viu, notou que estavam tristes. Ele perguntou aos oficiais do faraó que estavam presos com ele: "Por que estais com o semblante tão triste hoje?"

Eles responderam: "Tivemos um sonho, e não há quem o interprete."

José lhes disse: "Não vêm de Deus as interpretações? Contai-me os sonhos."

O chefe dos copeiros contou seu sonho a José: "Em meu sonho, havia uma videira diante de mim. Na videira havia três ramos. Logo que brotou, floresceu, e seus cachos produziram uvas maduras. Eu tinha na mão a taça do faraó. Tomei as uvas, espremi-as na taça do faraó e entreguei a taça em suas mãos."

José lhe disse: "Esta é a interpretação: os três ramos são três dias. Dentro de três dias, o faraó te restabelecerá em teu cargo, e porás a taça na mão do faraó, como fazias antes, quando eras seu copeiro."

Então José fez um pedido ao copeiro: "Mas quando tudo correr bem contigo, lembra-te de mim e faze-me a mercê de falar de mim ao faraó, e tira-me desta casa. Fui roubado da terra dos hebreus, e também aqui nada fiz para que me pusessem no cárcere."

Quando o chefe dos padeiros viu que a interpretação era favorável, disse a José: "Também eu tive um sonho. Havia três cestos de pão branco sobre minha cabeça. No cesto de cima havia toda espécie de manjares que o padeiro prepara para o faraó, e as aves os comiam no cesto sobre minha cabeça."

José respondeu: "Esta é a interpretação: os três cestos são três dias. Dentro de três dias, o faraó te cortará a cabeça, te pendurará numa árvore, e as aves comerão tua carne."

Era uma interpretação terrível, mas José disse a verdade que Deus lhe mostrou.

Ao terceiro dia, que era o aniversário do faraó, ele deu um banquete para todos os seus servos. E levantou a cabeça do chefe dos copeiros e a cabeça do chefe dos padeiros no meio de seus servos.

Restabeleceu o chefe dos copeiros em seu cargo, e ele pôs a taça na mão do faraó. Mas enforcou o chefe dos padeiros, conforme José lhes havia interpretado.

Tudo aconteceu exatamente como José havia dito! Deus havia dado a José o dom de interpretar sonhos, e suas palavras eram verdadeiras.

Mas o chefe dos copeiros não se lembrou de José. Esqueceu-se dele completamente.

José continuou na prisão. Mais tempo passou. Dias, semanas, meses. Dois anos inteiros se passaram, e José ainda estava na prisão. O copeiro havia se esquecido completamente dele.

Mas Deus não havia esquecido de José. O tempo de Deus estava chegando. Os sonhos que José havia tido quando jovem ainda iriam se cumprir, de uma maneira que ninguém poderia imaginar.

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Reflexão

Fazer o que é certo nem sempre traz recompensa imediata, e às vezes parece nos trazer problemas. Mas Deus vê nossa fidelidade e tem um plano maior que não podemos ver.

Temas desta história

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