De todos os cavaleiros que já sentaram à Távola Redonda, nenhum era mais famoso, mais corajoso ou mais habilidoso do que Sir Lancelot du Lac - Lancelot do Lago.
Mas sua história começa de forma extraordinária, muito antes dele chegar a Camelot.
Quando Lancelot era apenas um bebê, seu pai, o Rei Ban, foi atacado por inimigos. O castelo foi destruído, e o rei morreu de coração partido. A mãe de Lancelot fugiu com o bebê, mas quando parou junto a um lago para descansar, aconteceu algo incrível.
A Dama do Lago - aquela mesma que havia dado Excalibur a Arthur - surgiu das águas! Ela viu o bebê e soube que ele tinha um destino especial.
"Deixe-me criá-lo," disse a Dama. "Eu o ensinarei a ser o maior cavaleiro que o mundo já viu!"
E assim, a Dama do Lago levou o pequeno Lancelot para seu reino mágico sob as águas. Por isso ele seria conhecido como "Lancelot du Lac" - Lancelot do Lago!
No reino da Dama do Lago, Lancelot cresceu como nenhuma criança comum. Ele foi treinado pelos melhores mestres em todas as artes da cavalaria.
Aprendeu a lutar com espada, lança, machado e escudo.
Aprendeu a montar cavalos com perfeição.
Aprendeu cortesia, honra e respeito.
Aprendeu a ler, escrever e conhecer as estrelas.
E acima de tudo, aprendeu que um verdadeiro cavaleiro usa sua força para proteger os fracos e defender a justiça!
Lancelot era diferente dos outros meninos. Ele crescia forte, rápido e habilidoso. Seu coração era puro e nobre. A Dama do Lago sorria, sabendo que seus ensinamentos haviam criado um cavaleiro perfeito.
Quando Lancelot completou dezoito anos, a Dama do Lago lhe disse: "Meu filho, chegou sua hora. Você deve ir para Camelot e servir o Rei Arthur. Lá, você encontrará seu verdadeiro destino!"
Ela lhe deu uma armadura branca como prata, um escudo branco, e um cavalo branco. Lancelot parecia um cavaleiro vindo dos sonhos!
Lancelot chegou a Camelot numa manhã de primavera. Ele cavalgou até as portas do castelo e pediu para ver o Rei Arthur.
Arthur recebeu o jovem cavaleiro desconhecido. "Quem é você, cavaleiro de armadura branca?"
"Meu nome é Lancelot, filho do Rei Ban. Fui criado pela Dama do Lago. Venho pedir para me juntar aos Cavaleiros da Távola Redonda!"
Arthur estudou o jovem. Havia algo especial nele - uma nobreza, uma pureza que brilhava em seus olhos.
"Para ser um cavaleiro da Távola Redonda, você deve provar seu valor," disse Arthur. "Está disposto a ser testado?"
"Estou, meu rei!" respondeu Lancelot sem hesitação.
O teste foi marcado. Lancelot teria que lutar contra três dos melhores cavaleiros de Camelot em combate individual.
Primeiro veio Sir Kay, irmão adotivo de Arthur e um guerreiro experiente. A luta foi feroz! Lanças se chocaram, espadas tilintaram. Mas Lancelot era extraordinariamente habilidoso. Com um movimento rápido, ele derrubou Kay do cavalo!
Depois veio Sir Gawain, sobrinho de Arthur e um dos mais fortes cavaleiros. Todos pensaram que Gawain certamente venceria o jovem desconhecido. Mas Lancelot lutou com tal graça e poder que, após longa batalha, Gawain também foi derrubado!
Por último, Sir Bedivere, amigo mais antigo de Arthur. Bedivere era experiente e sábio. Mas nem mesmo ele conseguiu derrotar o jovem Lancelot!
Arthur ficou de pé, maravilhado. "Nunca vi ninguém lutar assim! Você não é apenas habilidoso - você é extraordinário! Sir Lancelot, eu o convido a se juntar à Távola Redonda!"
Nos anos seguintes, Lancelot se tornou uma lenda viva. Suas aventuras eram contadas em toda a Inglaterra!
Uma vez, ele salvou a Lady Elaine de um castelo em chamas. O castelo estava cercado por chamas mágicas que nenhum cavaleiro conseguia atravessar. Mas Lancelot, corajoso e determinado, cavalgou direto através do fogo e resgatou a donzela!
Outra vez, ele lutou contra o terrível Sir Turquine, um cavaleiro malvado que havia capturado sessenta cavaleiros da Távola Redonda e os mantinha prisioneiros! Lancelot desafiou Turquine em combate singular. A batalha durou horas! Mas finalmente, Lancelot venceu e libertou todos os prisioneiros!
Ele derrotou dragões em florestas escuras.
Salvou aldeias de bandidos.
Defendeu os fracos contra os poderosos.
Lutou em incontáveis torneios e nunca foi derrotado!
Mas Lancelot não era apenas o melhor guerreiro. Ele também era o mais cortês e gentil dos cavaleiros.
Quando encontrava uma donzela em perigo, ele se inclinava respeitosamente antes de ajudá-la.
Quando derrotava um inimigo, ele oferecia misericórdia em vez de vingança.
Quando via injustiça, não importava quão pequena, ele a combatia.
E ele era absolutamente leal ao Rei Arthur e à Távola Redonda!
Uma história famosa conta como Lancelot salvou a própria Rainha Guinevere de ser queimada injustamente por uma falsa acusação. Ele lutou contra muitos cavaleiros para provar sua inocência, porque sabia que a verdade e a justiça eram mais importantes que qualquer coisa!
Os outros cavaleiros admiravam Lancelot, mas nunca sentiam inveja. Ele era tão nobre, tão bondoso, que era impossível não amá-lo!
Certa vez, um cavaleiro jovem e arrogante veio a Camelot vangloriando-se: "Ouvi dizer que Sir Lancelot é o melhor cavaleiro! Mas eu o desafio! Vou provar que não é tão grande assim!"
Lancelot poderia ter facilmente derrotado o jovem. Mas em vez disso, ele sorriu gentilmente.
"Jovem cavaleiro," disse Lancelot, "você tem coragem, e isso é admirável. Mas ser um grande cavaleiro não é apenas vencer batalhas. É sobre por que você luta!"
"Por que luta?" perguntou o jovem, confuso.
"Eu luto para proteger os fracos," explicou Lancelot. "Luto pela justiça. Luto porque dei minha palavra ao Rei Arthur de defender o que é certo. Minha força vem não apenas dos meus músculos, mas do meu propósito!"
O jovem cavaleiro baixou a cabeça, envergonhado. "Você tem razão, Sir Lancelot. Eu lutava apenas por glória própria. Ensine-me a ser um verdadeiro cavaleiro!"
E Lancelot aceitou ser seu mentor, porque um verdadeiro cavaleiro sempre ajuda outros a se tornarem melhores!
A amizade entre Lancelot e Arthur era profunda e verdadeira. Arthur via em Lancelot não apenas seu melhor cavaleiro, mas um irmão.
"Lancelot," Arthur lhe disse uma vez, "de todos os cavaleiros da Távola Redonda, você é aquele em quem mais confio. Você representa tudo o que Camelot deve ser - coragem, honra, lealdade e bondade!"
Lancelot se ajoelhou diante de seu rei. "Meu senhor Arthur, tudo o que sou, devo a Camelot. Servir a você e defender os ideais da Távola Redonda é minha maior honra!"
E Lancelot cumpriu esse juramento fielmente. Em inúmeras batalhas, ele lutou ao lado de Arthur. Quando o rei estava em perigo, Lancelot estava sempre lá para protegê-lo!
Durante a busca do Santo Graal - a relíquia mais sagrada da cristandade - Lancelot também partiu. Ele enfrentou muitos testes e provações.
Mas Lancelot aprendeu uma lição difícil: mesmo sendo o melhor cavaleiro em combate, ele não era perfeito. Ele tinha falhas como qualquer ser humano. E por causa disso, não foi ele quem encontrou o Graal, mas Sir Galahad, um cavaleiro de pureza ainda maior.
Lancelot ficou triste, mas também humilde. "Aprendi," disse ele, "que ser um grande guerreiro não é suficiente. Um cavaleiro deve também buscar perfeição espiritual!"
Esta humildade tornou Lancelot ainda mais admirável. Ele reconhecia que sempre havia espaço para crescer, para ser melhor!
Os anos passaram, e Lancelot continuou sendo o campeão de Camelot. Em todo torneio, ele vencia. Em toda batalha, ele triunfava. Em toda aventura, ele se mostrava heroico!
Sua fama se espalhou por toda a cristandade. Cavaleiros de terras distantes vinham apenas para vê-lo lutar. Donzelas cantavam canções sobre suas façanhas. Crianças brincavam de ser "Sir Lancelot, o Invencível"!
Mas apesar de toda a glória, Lancelot permaneceu humilde e bondoso. Ele nunca se esqueceu dos ensinamentos da Dama do Lago: "Use sua força para proteger, não para oprimir. Seja sempre gentil com os fracos, misericordioso com os derrotados, e leal àqueles que servem ao bem!"
Sir Lancelot du Lac - criado pela magia, forjado pela honra, e guiado pela lealdade - permaneceu para sempre como o maior cavaleiro que já viveu!
Reflexão



