Noé, sua família e todos os animais estavam seguros dentro da arca. A porta estava fechada pela mão do próprio Deus. Lá fora, as pessoas continuavam suas vidas normalmente, sem acreditar que algo fosse acontecer.
Passaram-se sete dias desde que a porta da arca foi fechada. O céu continuava azul e claro. As pessoas riam ainda mais de Noé. "Viu? Não vai acontecer nada!" zombavam.
Mas Deus havia dito a verdade. No sétimo dia, tudo mudou.
No ano seiscentésimo da vida de Noé, no segundo mês, aos dezessete dias do mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e abriram-se as comportas dos céus.
A chuva caiu sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
A princípio, as pessoas não se preocuparam. "É só uma chuva forte," diziam. Mas a chuva não parava. Caía cada vez mais forte, cada vez mais intensa. Não era como qualquer chuva que já tivessem visto. Vinha dos céus e brotava da própria terra.
As ruas começaram a alagar. As casas ficaram inundadas. Os rios transbordaram. A água subia e subia sem parar.
As pessoas começaram a ter medo. Correram para a arca, batendo na porta, gritando: "Noé! Noé! Abre a porta! Deixa-nos entrar!"
Mas a porta estava fechada por Deus. Era tarde demais. Por anos, Noé havia avisado, mas ninguém quis ouvir.
As águas foram crescendo e levantaram a arca, que se elevou sobre a terra. As águas engrossaram e cresceram prodigiosamente sobre a terra, e a arca flutuava sobre as águas.
As águas engrossaram tanto sobre a terra que cobriram todos os altos montes que existem debaixo dos céus. Quinze côvados acima deles elevaram-se as águas, depois de terem coberto as montanhas.
Pereceram todos os seres de carne que se movem sobre a terra: aves, animais domésticos, feras e tudo o que rasteja sobre a terra, assim como todos os homens. Tudo o que tinha um sopro de vida nas narinas, tudo o que estava em terra seca, morreu.
Foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra, desde o homem até os animais, tanto os répteis como as aves dos céus; todos foram exterminados da terra. Só Noé ficou, e os que estavam com ele na arca.
As águas cobriram a terra durante cento e cinquenta dias.
Dentro da arca, Noé e sua família estavam seguros e secos. Os animais permaneciam calmos, como se Deus mesmo os acalmasse. Não havia brigas entre predadores e presas. Era como se um pedacinho do paraíso estivesse ali dentro.
Todos os dias, Noé e seus filhos cuidavam dos animais, dando-lhes comida e água. Suas esposas ajudavam a preparar as refeições e a manter tudo organizado. Era muito trabalho, mas eles estavam gratos por estarem vivos.
Lá fora, ouvia-se apenas o som da chuva batendo no teto e das ondas balançando a arca. Não havia mais vozes humanas, não havia mais sons de cidades. Apenas silêncio e água.
Noé olhava pela janela e via apenas água em todas as direções. Não havia terra à vista. Mas ele não tinha medo, porque sabia que Deus estava no controle.
Deus lembrou-se de Noé, e de todos os animais e de todos os animais domésticos que estavam com ele na arca; e Deus fez soprar um vento sobre a terra, e as águas baixaram.
Fecharam-se as fontes do abismo e as comportas dos céus, e cessou a chuva do céu. As águas retiraram-se de sobre a terra, indo e vindo. Ao cabo de cento e cinquenta dias, as águas tinham minguado.
No sétimo mês, no dia dezessete do mês, a arca repousou sobre as montanhas de Ararate.
As águas continuaram a baixar até o décimo mês. No décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes das montanhas.
Noé sentiu quando a arca tocou terra firme. Após meses flutuando, finalmente estavam parados! Mas ainda havia água por toda parte. Quando seria seguro sair?
Ao cabo de quarenta dias, Noé abriu a janela que tinha feito na arca, e soltou o corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas secassem sobre a terra.
Depois soltou a pomba para ver se as águas tinham minguado sobre a face da terra. A pomba, porém, não achou onde pousar, e voltou para ele, à arca, porque as águas cobriam ainda a superfície de toda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e recolheu-a consigo na arca.
Esperou ainda outros sete dias, e de novo soltou a pomba fora da arca. À tardinha a pomba voltou para ele, trazendo no bico um ramo verde de oliveira. Noé reconheceu que as águas tinham baixado sobre a terra.
Que alegria Noé sentiu ao ver aquele ramo verde! Havia vida lá fora! As plantas estavam crescendo novamente!
Esperou ainda outros sete dias, e soltou a pomba, que não voltou mais a ele.
No ano seiscentos e um, no primeiro mês, no primeiro dia do mês, as águas tinham secado sobre a terra. Noé retirou a cobertura da arca, e viu que a superfície da terra estava enxuta.
No segundo mês, no vigésimo sétimo dia do mês, a terra estava seca.
Então Deus falou a Noé:
Noé saiu da arca, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. Todos os animais, todos os répteis e todas as aves, tudo o que se move sobre a terra, saíram da arca segundo as suas espécies.
Que alegria sair depois de tanto tempo! Respirar o ar fresco, sentir o sol no rosto, pisar em terra firme! Os animais correram, saltaram, voaram, felizes por estarem livres. A terra estava limpa, lavada, pronta para um novo começo.
Noé levantou um altar ao Senhor; tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras e ofereceu holocaustos sobre o altar.
O Senhor aspirou o suave odor e disse consigo:
Deus abençoou Noé e seus filhos, e disse-lhes: "Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra."
Deus disse ainda a Noé e a seus filhos:
E Deus disse:
"Quando eu reunir as nuvens sobre a terra e aparecer o arco nas nuvens, lembrar-me-ei da minha aliança convosco e com todos os animais viventes, com toda carne, e as águas do dilúvio não se espalharão mais para destruir toda carne. Quando estiver o arco nas nuvens, olhá-lo-ei para me lembrar da aliança eterna entre Deus e todos os seres vivos, com toda carne que há sobre a terra."
Noé e sua família olharam para o céu e viram aquela maravilha: cores brilhantes arqueando o céu, do roxo ao vermelho, passando pelo azul, verde, amarelo e laranja. Era o primeiro arco-íris, e era a promessa de Deus de que nunca mais destruiria a terra com um dilúvio.
Cada vez que vemos um arco-íris, podemos lembrar da promessa de Deus a Noé e a toda a humanidade. Deus é fiel às Suas promessas!
Reflexão



