Depois do grande dilúvio, os filhos de Noé e seus descendentes se multiplicaram sobre a terra. Naquele tempo, toda a terra tinha uma só língua e as mesmas palavras.
Os homens se mudaram do oriente e acharam uma planície na terra de Senaar, e aí se estabeleceram. Eles se compreendiam perfeitamente uns aos outros, pois todos falavam a mesma língua.
Um dia, os homens disseram uns aos outros: "Eia! Façamos tijolos e cozamo-los no fogo!"
Serviram-se de tijolos em vez de pedras, e de betume em lugar de cimento. Os homens eram inteligentes e habilidosos. Eles haviam aprendido a fazer tijolos fortes e duráveis.
Mas então surgiu uma ideia cheia de orgulho. Disseram:
Eles queriam ser famosos. Queriam fazer algo tão grande que todos se lembrassem deles. Queriam mostrar que eram poderosos e importantes. Em seu orgulho, queriam ser como Deus, alcançando os céus por suas próprias forças.
Esqueceram-se de que toda sua força e inteligência vinham de Deus. Esqueceram-se de serem humildes e gratos. Pensaram apenas em sua própria glória.
E assim começaram a construir. Dia após dia, a torre crescia. Era uma construção impressionante! Cada vez mais alta, cada vez mais imponente.
Os homens trabalhavam unidos, todos com o mesmo objetivo. Faziam milhares de tijolos. Carregavam pesadas cargas. Subiam e desciam constantemente. A torre subia e subia.
"Vejam como somos poderosos!" diziam com orgulho. "Nada é impossível para nós! Chegaremos ao céu!"
Eles pensavam que poderiam fazer o que quisessem sem Deus. Achavam que não precisavam d'Ele. Todo o seu esforço era para sua própria glória, não para glorificar a Deus.
O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam.
E o Senhor disse:
Deus viu que o coração dos homens estava cheio de orgulho. Eles estavam se unindo não para o bem, mas para se rebelar contra Deus. Se continuassem assim, seu orgulho só cresceria, e eles se afastariam cada vez mais de Deus.
Deus, em Sua sabedoria, decidiu intervir. Não por crueldade, mas por misericórdia. Ele queria evitar que os homens se perdessem completamente em seu orgulho.
De repente, algo extraordinário aconteceu. Os homens que trabalhavam na torre começaram a falar línguas diferentes!
Um homem dizia algo e o outro não entendia mais. As palavras que antes eram claras, agora eram sons estranhos e incompreensíveis.
"O que você disse?" perguntava um.
"Não entendo você!" respondia outro.
"Por que você está falando de forma tão estranha?" questionava um terceiro.
Mas cada um falava uma língua diferente agora. Ninguém mais se entendia!
A confusão era total. Como continuar construindo se não conseguiam se comunicar? Como trabalhar juntos se não entendiam as instruções uns dos outros?
A construção parou. A grande torre ficou inacabada, apontando para o céu como um monumento ao orgulho humano.
Assim o Senhor os dispersou dali sobre a face de toda a terra, e cessaram de edificar a cidade. Por isso deu-se-lhe o nome de BABEL, porque ali o Senhor confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra, e dali os dispersou sobre a face de toda a terra.
Os grupos de pessoas que falavam a mesma língua se juntaram. E então, cada grupo foi para uma direção diferente. Espalharam-se por toda a terra.
Alguns foram para o norte, outros para o sul. Alguns para o leste, outros para o oeste. Cada grupo formou sua própria nação, com sua própria língua e cultura.
A torre ficou abandonada, inacabada, um lembrete de que o orgulho humano não pode alcançar o céu. Só Deus está no céu, e só Ele é digno de toda glória.
Foi assim que surgiram as diferentes línguas e nações do mundo. Não por acidente, mas por um ato de Deus, que em Sua sabedoria dispersou os homens orgulhosos.
A Torre de Babel nos ensina uma lição importante: não devemos deixar o orgulho dominar nossos corações. Toda nossa inteligência, força e habilidade vêm de Deus.
Quando nos esquecemos de Deus e tentamos fazer tudo por nossa própria conta, buscando apenas nossa própria glória, estamos construindo nossa própria "torre de Babel". E como aquela torre, nossos planos orgulhosos não prosperarão.
Mas quando reconhecemos Deus, quando somos humildes e gratos, quando usamos nossos dons para Sua glória e para o bem dos outros, então Deus nos abençoa e nossos esforços prosperam.
Reflexão



