Em 21 de julho de 1515, nasceu em Florença, Itália, um menino chamado Filippo (Felipe).
Sua família não era rica, mas era boa e piedosa!
Desde pequeno, Felipe era diferente: sempre alegre, sempre sorrindo, sempre brincando!
Seus amigos o chamavam de "Pippo bom" (Felipinho bom)!
Por que "bom"? Porque mesmo brincalhão, Felipe nunca era maldoso! Era alegre mas santo!
O Jovem Comerciante
Quando tinha 18 anos, Felipe foi morar com um tio rico que era comerciante!
O tio não tinha filhos e queria fazer de Felipe seu herdeiro!
"Trabalhe comigo, Felipe! Um dia tudo isso será seu!" dizia o tio.
Felipe poderia ficar rico! Ter uma vida confortável!
Ele começou a trabalhar no comércio...
Mas algo dentro dele dizia: "Isso não é para você! Deus tem outros planos!"
Um dia, Felipe estava rezando numa capela!
Ele perguntou a Deus: "O que Tu queres de mim, Senhor?"
E sentiu claramente no coração: "Vá para Roma! Lá está sua missão!"
Felipe não entendeu completamente, mas obedeceu!
Aos 18 anos, deixou a riqueza do tio! Deixou tudo!
E partiu para Roma com apenas a roupa do corpo!
Sua família ficou chocada: "Felipe, você está louco! Vai ficar rico!"
Mas Felipe sorria: "A verdadeira riqueza não está em ter, mas em dar!"
Roma no Século XVI
Felipe chegou em Roma em 1533!
A cidade estava espiritualmente doente!
Havia muita pobreza, crime, imoralidade! Mesmo entre o clero!
Jovens vagavam pelas ruas sem orientação! Sem esperança!
Muitos sacerdotes viviam mal! Preocupados com poder e dinheiro, não com almas!
Felipe olhou tudo isso e pensou: "Jesus, quanto trabalho há a fazer!"
Mas ele não ficou desencorajado! Ficou determinado!
Vida de Pobreza
Em Roma, Felipe vivia pobremente!
Dava aulas particulares para uma família rica - ganhava apenas comida e um quartinho pequeno!
Não tinha quase dinheiro! Mas estava alegre!
Passava horas estudando filosofia e teologia sozinho!
Mas principalmente, passava horas rezando!
Ia às catacumbas (túmulos antigos dos mártires cristãos) e rezava a noite toda!
Ele dizia: "Quero conhecer a Jesus como os mártires conheciam!"
O Pentecostes de Felipe
Em 1544, na véspera de Pentecostes, Felipe estava rezando nas catacumbas de São Sebastião!
Ele pedia ao Espírito Santo: "Vem! Enche-me! Usa-me!"
De repente, sentiu algo extraordinário!
Viu uma bola de fogo descer do céu e entrar em seu peito!
Sentiu calor intenso! Amor ardente por Deus!
Seu coração batia tão forte que parecia sair do peito!
Quando voltou para casa, percebeu algo físico: duas costelas tinham se expandido!
Médicos examinaram Felipe mais tarde e confirmaram!
Duas de suas costelas estavam arqueadas para fora - para dar espaço ao coração que se expandira!
Não era doença! Era milagre físico!
Desde aquele dia, Felipe sentia calor constante no peito!
Quando rezava com fervor, o calor aumentava tanto que precisava abrir a camisa mesmo no inverno!
Era sinal visível do amor de Deus queimando em seu coração!
O Apóstolo das Ruas
Em 1548, aos 33 anos, Felipe foi ordenado sacerdote!
Mas não quis ser padre normal em paróquia!
Ele foi para as ruas de Roma!
Andava pelas praças, mercados, esquinas! Falava com todos!
Especialmente com os jovens!
Via jovens ociosos, perdidos, envolvidos em coisas ruins...
E os abordava com alegria: "Olá, amigos! Querem ouvir uma história engraçada?"
Felipe conquistava os jovens primeiro com humor e alegria!
Contava piadas! Fazia truques! Ria com eles!
Os jovens gostavam: "Esse padre é diferente! É divertido!"
Depois de conquistar a confiança, Felipe falava de Jesus!
Mas não de maneira chata ou séria demais! Com alegria!
"Jesus quer que sejam felizes! A verdadeira alegria vem Dele!"
Muitos jovens se convertiam! Deixavam vícios! Mudavam de vida!
Felipe tinha método único!
Ele dizia frases como:
"Um santo triste é um triste santo!"
"A melhor maneira de servir a Deus é estar alegre!"
"O demônio tem medo da alegria!"
Ele mesmo praticava isso! Estava sempre sorrindo, cantando, brincando!
Às vezes fazia coisas engraçadas de propósito para não ser levado muito a sério!
Por quê? Para matar o orgulho! Para permanecer humilde!
As Peregrinações Romanas
Felipe teve outra ideia genial: peregrinações pelas igrejas de Roma!
Ele reunia grupos de jovens e adultos!
Visitavam as sete basílicas principais de Roma a pé!
Durante o caminho, cantavam hinos! Rezavam! Conversavam!
Felipe tornava a piedade divertida e atraente!
Não era religiosidade chata! Era alegre! Viva!
Milhares começaram a participar dessas peregrinações!
Durante as peregrinações, Felipe levava comida e vinho!
Faziam piqueniques nos campos! Cantavam! Dançavam!
"Padre Felipe, isso não é muito mundano?" perguntavam alguns.
Felipe respondia: "Jesus foi acusado de comer com pecadores! Vou fazer o mesmo!"
Ele entendia: as pessoas precisam de comunidade! De amizade! De alegria!
E através dessas coisas boas, levava-as a Jesus!
O Oratório
Os grupos de Felipe cresciam!
Precisavam de lugar para se reunir!
Em 1551, Felipe começou reuniões informais num salão sobre a igreja!
Chamou de Oratório (lugar de oração)!
Mas não era oração chata! Era dinâmica!
Havia música! Conversas! Discussões! Palestras!
Jovens vinham por centenas!
No Oratório, Felipe usava música como ferramenta de evangelização!
Encomendou músicas sacras especiais! Algumas das primeiras "cantatas"!
Jovens cantavam juntos louvores a Deus!
Felipe dizia: "Música boa eleva a alma a Deus!"
Ele também encorajava discussões! Não apenas sermões!
Jovens podiam fazer perguntas! Debater! Pensar!
"A fé precisa da razão!" dizia Felipe. "Não tenham medo de questionar!"
Oposição e Perseverança
Nem todos gostavam de Felipe!
Alguns padres mais rígidos criticavam: "Esse padre é muito alegre! Não é sério!"
"Ele ri muito! Brinca muito! Não é digno!"
Até tentaram fechar o Oratório! "Isso é desordem!"
Mas Felipe não desanimava!
Continuava sorrindo! Continuava trabalhando!
Dizia: "Jesus chorou apenas uma vez que sabemos! Mas certamente riu muitas vezes!"
Eventualmente, os críticos tiveram que admitir a verdade:
O método de Felipe funcionava!
Centenas de jovens que eram perdidos agora serviam a Deus!
Havia menos crime nas ruas! Mais piedade! Mais caridade!
O próprio Papa ouviu falar de Felipe!
E foi visitá-lo pessoalmente!
O Papa ficou encantado: "Padre Felipe, continue! Roma precisa de você!"
Reflexão



